A construção da Praça Memorial 17 de Julho, que será construída na avenida Washington Luiz, em frente ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, custará cerca de R$ 8 milhões, segundo o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. “Vamos começar o processo de licitação em agosto para definir o executor do projeto”, afirmou. A praça será uma homenagem às 199 vitimas da tragédia ocorrida com um avião A320 da TAM.

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A previsão é que as obras sejam iniciadas em meados de janeiro e estejam concluídas até julho de 2012. “A cerimônia do próximo ano será realizada na praça-memorial”, disse o prefeito. Neste domingo, dia em que a tragédia envolvendo o avião A320 da TAM completou quatro anos, a associação de familiares e a Prefeitura promoveram um ato ecumênico. Houve presença de cerca de 500 pessoas.

Também hoje, o prefeito Kassab e o presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAMJJ3054 (Afavitam), Dario Scott, assinaram um protocolo de intenções para a construção da praça no local do acidente. O terreno onde ficava o prédio da TAM foi doado à Prefeitura pela companhia aérea a pedido da associação das vítimas. Os terrenos de um posto de gasolina e de outros oito imóveis, que ficavam no mesmo quarteirão, foram desapropriados pela Prefeitura.

Surpresa

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O prefeito disse que há planos de, no futuro, estender a praça até a avenida dos Bandeirantes. “Essa e a principal porta de entrada para a zona Sul da cidade, pela avenida dos Bandeirantes. Do ponto de vista urbanístico, há lógica em ampliar “, afirmou Kassab. Segundo ele, a decisão final será de seu sucessor. Se levado adiante o plano de expansão, outras desapropriações precisarão ocorrer. O prefeito admitiu que o assunto não foi discutido com moradores da região.

O presidente da Afavitam JJ3054, Dario Scott, disse que o anúncio de Kassab, em relação a uma possível ampliação da praça, “foi uma surpresa”. “É importante para a cidade de São Paulo ter mais áreas verdes, mas obviamente há a questão dos moradores do entorno, que devem ser consultados”, afirmou.

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Scott disse que a entidade pleiteia junto à Prefeitura e ao governo do Estado apoio para a criação de uma escola técnica para formar profissionais especializados em segurança de transporte aéreo. “Isso tem tudo a ver com o momento atual, com o crescimento do transporte aéreo”, declarou.