Brasília – O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE), o líder do partido na Câmara, Júlio Delgado (MG), e o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, chegaram a um acordo para evitar que no futuro a executiva do partido e a bancada adotem posições divergentes. A partir de agora, a executiva vai se reunir com a bancada para tomar decisões políticas.
A reunião foi bastante tensa e teve que ser interrompida quando o ex-integrante da executiva Luiz Carlos Azedo criticou o processo de eleição do líder do PPS insinuando que Delgado foi eleito com práticas fisiológicas. Os deputados Geraldo Thadeu (MG) e João Herrmann (SP) se exaltaram e tiveram que ser separados para que não entrassem em confronto físico.
Desobediência
Freire marcou a reunião para enquadrar o líder da bancada, que desobedeceu a determinações da executiva nas votações da reeleição para a presidência da Câmara e do Senado e da medida provisória do salário mínimo e Ciro reagiu dizendo que o PPS não tem dono. Ciro está especialmente irritado com a exibição do programa de TV do PPS, com críticas ao governo.
As divergências começaram na votação da emenda da reeleição para as presidências da Câmara e do Senado. O congresso do PPS decidiu contra a emenda da reeleição, mas no dia da votação Delgado liberou a bancada e o partido rachou: 12 votaram a favor da reeleição e seis contra. Em relação ao mínimo, a executiva determinou o voto contra a medida provisória dos R$ 260, mas Delgado encaminhou contra os R$ 275 propostos pelo PFL.