Posse popular de Lula custará R$ 1 milhão

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Tarso Genro: remanejamento
que Lula fará no ministério será voltado para a coalizão.

A festa da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o segundo mandato, no dia 1.º de janeiro, não contará com a presença de nenhum chefe de Estado ou de governo, informou ontem o assessor especial do presidente, Cezar Alvarez. Ele explicou que a data, por ser festiva também nos demais países, não favorece o deslocamento dos governantes. A festa custará R$ 1 milhão, de acordo com Alvarez.  

Não haverá posse coletiva de ministros, pois todos permanecerão nos cargos que ocupam até o anúncio de eventuais mudanças. No dia 1.º, o presidente reeleito sairá do Palácio da Alvorada às 15h45, seguindo para a Catedral de Brasília, onde o aguardará o Rolls-Royce da Presidência, no qual irá até o Congresso para ser empossado e discursar.

No Congresso, a cerimônia deve durar entre uma hora e quinze minutos e uma hora e trinta minutos. Em seguida, Lula irá ao Palácio do Planalto, onde, já com a faixa presidencial, subirá a rampa e discursará, do parlatório, das 18h às 18h15, para a população reunida na Praça dos Três Poderes.

Dentro do Palácio do Planalto estarão de 1.500 a 1.600 pessoas: ministros de Estado, presidentes dos três poderes, parlamentares eleitos e parlamentares em fim de mandato, prefeitos, governadores e convidados pessoais de Lula.

Ministério

No jantar de confraternização que ofereceu na noite de quarta-feira aos seus 34 ministros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva explicou que o remanejamento que fará no ministério será voltado para a coalizão. A informação foi dada ontem pelo ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro.

Lula, contou o ministro, fez muitos elogios à equipe, chamada de ?boa demais?, e destacou que o resultado do trabalho dos ministros está se refletindo nas pesquisas. O presidente ressaltou que a equipe enfrentou momentos difíceis e deixou o governo totalmente encaminhado para um segundo mandato. Genro disse que Lula comparou o seu ministério ao Internacional, time campeão do mundo, afirmando que é difícil mudar o time.

Segundo Genro, Lula pediu cautela aos seus ministros em relação às medidas que devem tomar para cumprir as metas do governo para o próximo ano. Lula, segundo ele, espera que as medidas anunciadas pelo governo nas próximas semanas tenham coerência, solidez e que sejam tratadas com responsabilidade pelos ministros. ?O presidente foi extremamente exigente em relação aos detalhes das medidas e aos resultados que elas vão dar?, relatou Tarso. ?São medidas que, de certa forma, antes de serem conhecidas, já estão recebendo críticas. A preocupação do presidente é de que elas sejam transparentes, com uma avaliação exata das conseqüências e que surja um debate concreto até para seu aperfeiçoamento.?

O presidente também disse aos ministros que tem confiança de que o acúmulo de experiência que o governo obteve no primeiro mandato será transmitido para o próximo mandato. ?É um fechamento de ano e mandato que passou por vários momentos de instabilidade, passou por dificuldades, teve incompreensões, cometeu erros e acertos, mas, na síntese, recebe forte reconhecimento da sociedade brasileira no processo eleitoral e nas pesquisas?, disse Tarso. ?Isso deu ao nosso encerramento um tom muito positivo.?

Segundo o ministro, a grande exigência de Lula foi para que a sociedade continue a ter confiança no governo e para que sejam concretizadas as medidas de crescimento que o governo estuda para o próximo ano. Entre as medidas, está um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4% para o próximo ano. 

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