Brasília – Ao contrário de suas expectativas, o professor Luizinho (PT-SP) vai passar pela prova de fogo de ser julgado pelo plenário, com ampla possibilidade de perder o mandato por ter se beneficiado do "valerioduto". No Conselho de Ética, Luizinho perder por 9 a 5. Votaram contra a perda do mandato apenas Angela Guadagnin (PT-SP), Benedito de Lira (PP-AL) e Edmar Moreira (PFL-MG), além de Jairo Carneiro (PFL-BA) e Bosco Costa (PSDB-SE).

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Luizinho, ex-líder do governo na Câmara, é acusado de ter recebido 20 mil reais de empresa de Marcos Valério de Souza, operador do suposto esquema do mensalão. Os recursos foram sacados por um assessor. O petista alega que não sabia do saque, acertado pelo ex-assessor com o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, para para custear a pré-campanha de candidatos a vereador na região do ABC paulista. Na ocasião, o deputado afirmou que não tinha conhecimento dos saques, nem do "mensalão".

A deputada Ann Pontes (PMDB-PA), que votou com o relator, destacou que, ao fazer um estudo do caso, encontrou contradições. Segundo ela, embora Professor Luizinho tenha afirmado que não interferiu na negociação entre seu assessor José Nilson dos Santos e o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, o próprio Luizinho admitiu depois ter conversado com Delúbio sobre a necessidade de dinheiro para a pré-campanha nas eleições municipais em cidades do ABC paulista. Ann Pontes disse que Luizinho teria também dito ao assessor que seria possível levantar dinheiro junto ao então tesoureiro.

Muito emocionado, Luizinho disse que fará o possível para reverter a situação em plenário. "Não peçam que eu me conforme com o resultado", afirmou o deputado, dirigindo-se aos integrantes do conselho. Luizinho relatou que atualmente vive um "pesadelo, uma situação de desonra" e, ao citar a mãe, que, segundo ele, se sacrificou para que o filho se formasse professor, salientou que não vai dar "essa desonra" a ela.

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