Uma polonesa de 22 anos foi detida pela Polícia Civil de Santos, no litoral de São Paulo, quando tentava viajar para a Europa carregando 54 cápsulas de cocaína dentro do estômago. Presa em flagrante, ela está internada no Hospital Geral de Guarulhos, na Grande São Paulo, pois duas das cápsulas ainda estão em seu organismo. Aliciada por uma quadrilha nigeriana de tráfico internacional de drogas, Paulina Janina Legoz estava no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (Cumbica) anteontem, e pretendia embarcar em um voo que seguiu para Zurique, na Suíça, com conexão em Madri, na Espanha.
Os policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) realizaram a prisão da polonesa depois de um mês de investigações. “Em maio, nós prendemos uma húngara que havia sido aliciada pela mesma quadrilha, daí quando soubemos que havia duas polonesas hospedadas no mesmo hotel que essa húngara, na orla de São Vicente, passamos a investigá-las”, explicou o delegado assistente da DIG, Marcelo Gonçalves da Silva, completando, entretanto, que a outra polonesa acabou embarcando para a Europa anteriormente.
Silva explicou que Paulina foi seguida pela polícia de Santos até São Paulo, tendo sido abordada assim que desceu do táxi, no aeroporto. “Nós questionamos se ela estava com drogas, mas ela negou até o final e só admitiu que tinha engolido as cápsulas depois que nós passamos o scanner da Infraero e percebemos que havia dezenas de corpos estranhos no seu estômago”. Após ser revistada dentro 3ª. Delegacia de Atendimento ao Turista (Deatur), que funciona no aeroporto, a polonesa foi encaminhada ao Hospital Geral de Guarulhos, onde um exame de raios-X mostrou que havia 54 cápsulas em seu estômago.
“Ela disse que não estava recebendo nada para levar a cocaína, para servir de mula, como dizemos. Já a húngara que prendemos mês passado confessou que ia ganhar 8 mil euros”, disse o delegado, afirmando que a Polícia Federal segue investigando a quadrilha. “A viagem foi estratégica, marcaram a passagem na hora do jogo do Brasil na Copa porque imaginavam que nessa hora a segurança ia relaxar”, disse Silva, completando que a polonesa foi presa no exato momento em que o time brasileiro marcou o terceiro gol contra o Chile.