Um policial militar rodoviário foi preso, na segunda-feira, 5, suspeito de ter assassinado e enterrado o corpo do vigilante Adriano Marques de Carvalho, de 40 anos, que estava desaparecido desde o dia 8 de outubro, em Capão Bonito, interior de São Paulo. O PM e um cunhado teriam enterrado o corpo em um eucaliptal e, 15 dias após a morte, o desenterraram para cortar a cabeça, que foi levada para outro local. O motivo do crime, segundo a Polícia Civil, seria a cobrança de uma dívida de R$ 2 mil em salários pelo vigilante, que trabalhou na empresa de segurança do policial.

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O crime foi esclarecido depois da prisão do cunhado, que acabou apontando o policial como autor do disparo. Carvalho foi atraído para uma emboscada, morto com um tiro na cabeça e enterrado em uma plantação de eucalipto à margem da rodovia Francisco Alves Negrão (SP-258). Familiares denunciaram o desaparecimento à polícia e mobilizaram outros parentes e amigos nas buscas. De acordo com a polícia, temendo que o corpo fosse achado e identificado, o policial e seu cúmplice o desenterraram e deceparam a cabeça para retirar o projétil. O crânio foi queimado e enterrado em outra cova, a cerca de mil metros.

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O corpo do vigilante foi localizado no local indicado pelo suspeito, assim como a outra cova em que tinha sido enterrada a cabeça, tudo em estado de decomposição. Os restos mortais foram sepultados nesta terça-feira, 6, em Capão Bonito, em clima de revolta – Carvalho, pai de uma menina, era conhecido na cidade.

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A Polícia Civil não divulgou a identidade dos suspeitos, alegando o sigilo nas investigações. Eles foram indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, e tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça. O policial está preso no Presídio Romão Gomes, em São Paulo, e seu cunhado, no Centro de Detenção Provisória de Capela do Alto. A Secretaria da Segurança Pública informou que o comando do Policiamento Rodoviário instaurou procedimento administrativo e acompanha o inquérito.