Um policial civil foi preso em flagrante na noite de ontem, acusado de participar do sequestro de um dono de supermercado. O policial foi detido após ser baleado durante uma troca de tiros com policiais militares das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) no estacionamento do Shopping Center Norte, na zona norte de São Paulo. O local foi onde os sequestradores marcaram com um amigo da vítima para o pagamento do resgate. O acusado contou com a ajuda de pelo menos dois comparsas, que conseguiram fugir. A Corregedoria da Polícia Civil vai investigar o caso.

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Segundo informações dos policiais da Rota, o comerciante foi abordado pelos criminosos na manhã de ontem, quando chegava ao seu supermercado, na cidade de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Depois de fazer o comerciante refém, os sequestradores entraram em contato com um amigo da vítima e exigiram o pagamento de um resgate. Ele alegou que tinha apenas metade do valor solicitado. O local indicado pelos criminosos para o pagamento foi o estacionamento do Shopping Center Norte.

No caminho para o shopping, o amigo da vítima encontrou uma viatura da Rota e explicou o caso. Os policiais foram até o local e fizeram um cerco com seis viaturas. A testemunha entrou numa churrascaria para esperar o contato dos sequestradores. Pouco depois, recebeu uma ligação deles, com o aviso de que haviam chegado ao estacionamento.

O amigo da vítima então saiu da churrascaria e foi abordado pelo policial. Nesse momento, à distância, os policiais da Rota o identificaram como um dos sequestradores. Se aproximaram, fizeram uma abordagem e deram voz de prisão ao policial civil, que reagiu. Conforme o tenente Marcelo Neves, o acusado foi o primeiro a atirar, com a sua pistola calibre 380. Os PMs revidaram e atingiram o acusado, que foi socorrido.

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Os outros dois comparsas, que aguardavam o pagamento dentro do carro junto com a vítima, tentaram fugir. O comerciante conseguiu se jogar pela janela do veículo ainda dentro do estacionamento do shopping. Ele não se feriu. Os dois criminosos resolveram abandonar o carro e fugiram correndo. Eles não haviam sido presos até o final da madrugada de hoje. Ainda segundo o tenente Neves, o resgate não chegou a ser pago porque os PMs abordaram o policial assim que ele se encontrou com o amigo da vítima.

A bala que atingiu o policial civil durante o tiroteio perfurou o glúteo e ficou alojada na bacia. Logo após a troca de tiros, ele foi levado ao Pronto-Socorro (PS) Santana, mas foi transferido para o Hospital do Servidor Público Estadual. Lá, ele deve passar por uma cirurgia para a retirada da bala e vai permanecer em observação.

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