Policial atira em ex-noiva e se suicida em Jacareí

A professora Márcia Alexandra Paulo de Souza, de 30 anos, foi atingida por dois tiros disparados pelo ex-noivo, o cabo da Polícia Militar Marcos Antonio Borges Serra, de 45 anos . O crime aconteceu às 6h50 de hoje quando a vítima chegava ao trabalho, na escola municipal Professora Célia Guimarães no Jardim Primavera, em Jacareí, no Vale do Paraíba(SP). Após atirar na ex-noiva, o cabo suicidou-se.

Ela foi atingida com dois tiros na cabeça na frente da mãe, da diretora da escola, de professores e de estudantes de 7 a 10 anos. A professora teve morte cerebral e até a tarde de hoje estava em coma profundo.

Cerca de 150 crianças chegavam para assistir às aulas, que começariam às 7 horas. As aulas foram suspensas e a escola permaneceu fechada durante todo o dia.

Márcia Alexandra era professora efetiva da rede municipal de ensino de Jacareí há três anos e dava aulas para uma classe da quarta série do Ensino Fundamental. Segundo a diretora da escola, Sílvia Bardy, a professora estava sendo perseguida pelo policial há algum tempo, desde que havia rompido o namoro. ?Ela era uma pessoa tranqüila, mas depois de romper o relacionamento, estava sempre assustada?.

Alguns professores disseram que ela vinha sofrendo ameaças do policial. Márcia Alexandra contou aos colegas que ele a teria agredido com palavras e gestos. Por causa da perseguição  a professora estava sempre acompanhada pela mãe, como ocorreu na manhã de hoje. Ao chegar à escola, ela parou em frente ao portão, para entrar no estacionamento.  Sua mãe, Aureni Paulo de Souza, estava em sua companhia e desceu do carro para abrir o portão. O policial aproximou-se e pediu para conversar com a vitima. A professora teria se negado a falar e ele então teria disparado dois tiros. Em seguida, se matou. Segundo testemunhas, antes de atirar, o policial deu uma gargalhada, que pode ser ouvida por quem estava por perto.

O crime causou pânico entre professores e alunos. A mãe da vítima ficou em estado de choque e muitas crianças também. ?Ninguém sabia o que fazer. Foi horrível, todo mundo chorava e gritava?, disse a mãe de um estudante.

As vítimas foram socorridos por populares, mas o policial já estava morto. A professora foi levada para a Santa Casa de Jacareí em estado muito grave. No hospital, passou por uma cirurgia para a retirada de duas balas do crânio e teve morte cerebral. Até a tarde de hoje, a professora estava em coma profundo.

O policial deve ser enterrado amanhã, em Taubaté, onde morava com a família. Ele era divorciado, tinha três filhos e estava há 29 anos na Corporação da Polícia Militar. Segundo o Comando do 1º Batalhão da PM, em São José dos Campos, onde o cabo trabalhava, ele nunca havia apresentado nenhum problema de comportamento.

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