O traficante boliviano condenado Añes Vacca almoçou ontem num restaurante de um shopping center de Presidente Prudente, no interior paulista. Sem algemas e com uniforme de presidiário, ele estava escoltado por dois agentes da Delegacia da Polícia Federal de Marília, conforme o flagrante feito pela TV Fronteira (afiliada da Globo). Considerado de alta periculosidade, Vacca deixou a cela do presídio de Itaí para uma audiência no fórum de Presidente Prudente e, depois, foi almoçar no shopping na companhia dos federais, que não foram identificados.

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O presidiário ocupou uma mesa no centro da praça de alimentação e sua presença preocupou os clientes, pois ele estava sem algemas. Ele permaneceu mais de uma hora no shopping. Enquanto aguardava a comida, o traficante conversou tranqüilamente com os policiais e pediu para ir ao banheiro, sendo escoltado por apenas um agente. Depois do almoço, Vacca passeou pelo shopping e, em seguida, o traficante e os dois policiais foram embora numa perua da PF.

"Todo preso almeja a liberdade. Então, ele pode pegar alguém como refém para fugir. Foi um comportamento inadequado e fere qualquer procedimento de segurança", explicou o promotor de Justiça, Mário Coimbra, criticando a ação dos policiais. Em Brasília, a PF informou que os agentes podem ter cometido apenas falha de conduta, que deverá ser apurada. Foi o que também disse o delegado Sandro Roberto Viana dos Santos, chefe da Delegacia da PF em Marília.

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