Policiais Federais rebatem críticas do presidente Lula

As críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acusou a Polícia Federal de ter divulgado a existência da Operação Xeque-Mate e exposto seu irmão Vavá, foram rebatidas por investigadores que participaram da missão. Um policial, inconformado com o tom utilizado pelo presidente da República, disse que a polícia não poderia desprezar o que encontrou na investigação. Ele também lembrou que todas as ações tiveram respaldo do Ministério Público Federal e da Justiça Federal.

Os investigadores só concordam com o presidente quando ele qualifica como ?lambari? o irmão mais velho. Disseram que Vavá realmente não tem condição para agir como lobista. Para eles, trata-se de um tipo ingênuo, tosco, ?mas que não rasga dinheiro?. Ainda segundo os federais, Vavá não é lobista porque não tem competência. Ele foi indiciado pelos delitos de tráfico de influência e de exploração de prestígio.

A Polícia Federal resolveu enquadrá-lo porque está convencida de sua ligações com o bando dos caça-níqueis. Os dois artigos (332 e 357) do Código Penal nos quais foi enquadrado mostram que é crime a simples solicitação de vantagem indevida, ainda que nada tenha recebido. Os grampos da Xeque-Mate indicam que o irmão do presidente pedia quantias pequenas.

Os policiais disseram também que não poderiam abandonar o material que tinham em mãos. Tudo apontava para a necessidade de indiciar Vavá. Se não o fizessem poderiam ser acusados de prevaricação. Um dos policiais garantiu que a Xeque-Mate não tem conotação política. A operação teria nascido do combate aos caça-níqueis e à guerra de organizações rivais.

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