Policiais do Paraná reforçam segurança no Pan-Americano

Já está definido que 71 policiais paranaenses participarão da equipe de segurança dos jogos pan-americanos, a partir desta sexta-feira (13), no Rio de Janeiro. Além deles, mais quatro cães farejadores vão auxiliar na segurança do evento. O último documento com a autorização de mais 24 policiais foi assinado nesta quarta-feira (11), pelo governador Roberto Requião. Os profissionais são voluntários e passaram por treinamentos promovidos pela Secretaria Nacional de Segurança Púbica (Senasp) para poderem participar da equipe.

Foram liberados pelo governador 61 policiais militares, sete policiais civis, dois peritos criminais e um bombeiro militar, num total de 71 profissionais. Alguns já estão no Rio de Janeiro e outros irão para lá até o fim da semana. A investigadora Lylian Stinglin, que trabalha para o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), foi indicada para ir para o Pan, porque fez curso de Segurança de Dignitários, promovido pela Senasp, e de Formação de Instrutores de Segurança de Dignitários, realizado por uma equipe vinda dos Estados Unidos. ?A segurança de dignitários tem o objetivo de cuidar de autoridades e pessoas de grande popularidade, como presidentes, atletas ou embaixadores?, contou.

Lylian foi treinada para realizar tanto a segurança próxima quanto a varreduras pelos locais onde a autoridade vai passar e com quais pessoas vai entrar em contato. ?Temos que trabalhar na prevenção de atentados. No caso da visita do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ao Brasil, uma equipe da Polícia Federal teve a função de ficar com ele, reforçando sua segurança pessoal, e outras equipes vistoriaram e investigaram os lugares por onde ele iria passar, por prevenção?, exemplificou. Apesar do treinamento e de ter uma noção do que fará nos jogos, Lylian ainda não foi informada pela Senasp sobre a função específica que irá desempenhar. ?Foi pedido sigilo total, só saberemos quando chegarmos lá, pois o trabalho é totalmente velado?, relatou.

Patrulhamento

O agente de informações da Companhia de Choque da Polícia Militar Anderson Luchtenfels Celestino irá para o Rio nesta sexta-feira. Ele é voluntário e foi treinado para participar da Força Nacional. Poderá desempenhar funções como patrulhamento, bloqueios em rodovias e até mesmo participar de confrontos armados em morros e favelas. ?Estaremos à disposição da Força Nacional. Estar no Rio de Janeiro é uma situação atípica, muito diferente de Curitiba, porque lá sabemos que existem confrontos, com quadrilhas dispostas a tudo ou nada, mas fomos muito bem treinados para isso?, disse ele.

Participa também da segurança nos jogos, uma equipe de negociadores de crise, da Companhia de Choque da Polícia Militar, que é referência no Brasil. Eles estão no Rio de Janeiro desde o dia 1º deste mês, especificamente designados para desempenhar funções de negociação, como seqüestro e motins.

Cães

O investigador Alfredo Antonio Mueller Neto e seu cão policial Lion já têm trabalho definido nos jogos. O policial vai conduzir o animal, treinado e certificado pela Senasp, em ações para encontrar drogas. Lion é da raça pastor alemão, tem quatro anos de idade e presta serviços para a Polícia desde um ano e meio de vida. ?É um cão extremamente dócil e só ataca se for provocado, além de ser disciplinado e muito bom no que faz?, disse Alfredo.

O animal foi treinado para ser um cão de defesa e para farejar maconha, haxixe, cocaína e crack. Em 2005, Lion realizou testes promovidos pela Senasp e foi escolhido para realizar um curso preparatório para os jogos Pan-americanos em Florianópolis (SC). Na ocasião, o investigador e treinador Alfredo também recebeu aulas teóricas e práticas para aperfeiçoar suas técnicas de condução de cães.

Além dele, um cão da raça pastor holandês e outro pastor alemão para faro de explosivos, pertencentes ao Canil da Companhia de Choque da Polícia Militar, já estão no Rio de Janeiro. Um soldado especialista em condução de cães de regate de pessoas vai trabalhar com um cachorro fornecido pela Senasp. ?Esse policial tem a função de conduzir cães de faro em resgate de pessoas em escombros, matagais e outros lugares?, explicou o major Chehade Elias Geha, comandante da Companhia de Choque de Curitiba. Outro cão da raça labrador, da Companhia, deve ir esta semana auxiliar no trabalho de farejar drogas.

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