Sindicatos e associações de integrantes da Polícia Civil de São Paulo devem na tarde desta terça-feira uma marcha ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado. Eles programam concentrar-se no Parque do Povo, no Itaim-Bibi, zona oeste da capital paulista, e caminhar até o palácio, que fica na altura do número 4.500 da Avenida Morumbi, na zona sul.
De acordo com o Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (Sipesp), a expectativa é que, só nesta categoria, 600 manifestantes compareçam. O Sipesp informou que comitivas de policiais de cidades como Assis, Campinas e Jundiaí, no interior paulista, além da Grande São Paulo, se dirigem para o parque. A marcha deve começar às 14 horas, e eles esperam bloquear as vias das regiões por onde o ato passará.
A Polícia Civil tem diversas categorias (e sindicatos e associações) diferentes, como investigadores, escrivães e delegados, além de peritos do Instituto de Criminalística (IC). A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adesp), por exemplo, não deve comparecer à marcha. O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp), por outro lado, não havia confirmado se participaria ou não.
As categorias estão em campanha salarial, com porcentuais de reajuste variados, além de outras pautas trabalhistas. Ainda não há data para uma eventual paralisação na polícia. Nesta manhã, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que está disposto a conversar com os policias civis que pretendem entrar em greve. “Sempre abertos ao diálogo”, afirmou. Alckmin disse ainda que o governo de São Paulo pretende gastar R$ 700 milhões em benefícios aos policiais. “Este ano, tivemos a incorporação do adicional por local de exercício (Ale), o que aumenta salário das Polícias Civil, Militar, Científica e Penitenciária.”