Policiais civis protestaram quinta-feira (23) na Assembléia Legislativa de São Paulo contra o projeto de aumento salarial apresentado pelo governo e decidiram seguir em greve. A paralisação dura 38 dias. Diferentemente da manifestação do dia 16, quando houve confronto com PMs, o ato de ontem transcorreu sem incidentes. Ficou definida uma audiência pública para discutir as propostas do governo na próxima quinta-feira. Os manifestantes aplaudiram deputados da oposição e vaiaram os governistas.
Ao final da manifestação, representantes de sindicatos e associações da Polícia Civil se reuniram com líderes do governo para discutir emendas ao projeto de lei. A apresentação dessas emendas deve ser feita hoje. Além da elevação do porcentual de reajuste, os sindicalistas propõem incorporação do Adicional de Localidade em Exercício (ALE) aos salários, o que beneficiaria também os aposentados.
O projeto do governo prevê reajustes de 6,5% em 2009 e mais 6,5% em 2010. Os policiais civis reivindicam 15% este ano, 12% em 2009 e 12% em 2010. O deputado Barros Munhoz (PSDB), líder do governo, diz que vai ser difícil chegar a esses números: “Hoje temos 132 mil policiais civis e militares na ativa. Eles custam R$ 800 milhões por ano. Com o aumento proposto pelo governo, os gastos podem atingir R$ 830 milhões.” Já o deputado Major Olímpio (PV) classificou de “insulto” a proposta governista. O parlamentar afirmou que na próxima segunda-feira apoiará a manifestação da categoria na Praça da Sé. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.