Uma equipe da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) está em frente ao prédio do Consulado do Uruguai, na Praia de Botafogo, na zona sul do Rio, onde três ativistas pedem asilo político, entre eles a advogada Eloísa Samy. Um dos policiais disse que a orientação é esperar do lado de fora do consulado para o caso de eles saírem do prédio, já que há mandatos de prisão contra os ativistas.
Eloísa e David Paixão estão entre os 23 denunciados por formação de quadrilha armada no processo sobre os protestos violentos desde junho de 2013. O advogado Rodrigo Mondego, que acompanha o caso, contou que os ativistas estão tranquilos, almoçaram e estão sendo bem tratados pelos diplomatas uruguaios.
Mondego entregou à consulesa Myriam Fraschini Chalar documentos que demonstram o repúdio de entidades como Anistia Internacional e Justiça Global à prisão de ativistas. As notas serão encaminhadas para a Embaixada em Brasília.
“Eles aguardarão no Consulado pelo salvo-conduto para irem para o Uruguai”, afirmou Mondego. O Uruguai foi escolhido pelo “histórico de ser um país libertário e pelo presidente (José Mujica) ter sido preso político por mais de uma década”. Cerca de 20 militantes estão em frente ao consulado prestando solidariedade aos ativistas denunciados.