O cumprimento de uma medida de segurança causou grande transtorno a 33 passageiros do vôo 3324 da TAM, que partiria de São Paulo ontem às 20h45 com destino a Fortaleza. Quando o problema foi solucionado, algumas horas depois, o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, estava fechado por causa da neblina. O vôo teve de ser cancelado depois que todos os passageiros estavam a bordo. Revoltados, eles se negaram a deixar a aeronave e tiveram de ser retirados por policiais federais, acionados pela TAM às 4h30 desta terça-feira (3).
Os passageiros foram realocados nos vôos 3300 (que decolou às 12h27) e 9354 (que deixou Guarulhos às 13h29). Os passageiros reclamaram do tratamento recebido da TAM. Disseram que a companhia aérea não ofereceu lanches no período em que aguardavam na aeronave nem fornecia informações sobre o motivo do atraso.
Em nota oficial, a TAM disse que o vôo 3324 atrasou porque foi necessária a verificação adicional de uma das travas de segurança da cabine do comandante e co-piloto. A medida, prossegue o texto, foi um procedimento de segurança contra ações terroristas, adotado desde os incidentes no Aeroporto de Heathrow, em Londres, em agosto do ano passado, quando terroristas tentaram explodir aviões. A trava de segurança é item obrigatório nos aviões que operam rotas internacionais, conforme determinação da Organização de Aviação Civil Internacional (Icao).