A Polícia Civil de Ribeirão Preto já tem em mãos a relação das ligações feitas pela mãe e pelo padrasto de Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, cujo corpo foi encontrado no dia 10 no Rio Pardo, na zona rural de Barretos. A mãe, Natália Mingoni Ponte, fez 17 telefonemas entre a manhã e a tarde do dia 5, quando o menino desapareceu.
Natália falou com amigas e com o pai biológico da criança, Arthur Paes, que mora em São Paulo e cobrava informações sobre o filho. Já as ligações referentes ao telefone do padrasto, Guilherme Longo, não foram divulgadas. Para o delegado Paulo Henrique Martins de Castro, esses dados podem ajudar a elucidar o que aconteceu com a criança.
Segundo o delegado, há várias contradições nos depoimentos de Natália e Longo. Ainda nesta semana, deve acontecer a reconstituição do crime com a participação do casal. A informação é de que os dois vão fornecer informações separadamente para que sejam novamente cruzadas. Uma acareação entre o casal, porém, está descartada por enquanto.
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A família de Guilherme Longo, principal suspeito pela morte do garoto, instalou cerca de arame farpado em espiral no entorno da casa onde ele morava com o menino, a mulher e o filho de três meses do casal. O imóvel, no Jardim Independência, será o palco de uma reconstituição. O motivo da cerca, que está sobre o muro e o portão, seria evitar invasões à residência, desocupada há mais de uma semana, desde que o casal foi preso.
O pai biológico de Joaquim voltou ontem a Ribeirão Preto. Ele foi resolver questões envolvendo o filho – como recolher seus materiais que ficaram na escola. Paes disse que não tem raiva da ex-mulher nem do marido dela. “Rezo para que Deus os ilumine.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.