Polícia suspeita que presos estejam usando pombos-correio em São Paulo

Os presos da penitenciária de Marília, no interior de São Paulo, podem estar utilizando pombos-correio para receber peças de telefone celular, drogas e outros produtos proibidos na prisão. A descoberta foi feita após a visita do último sábado (21). Uma mulher de 27 anos, moradora em Pompéia, a 30 quilômetros de Marília, foi surpreendida saindo com duas pombas escondidas dentro de uma marmita. Os animais tinham pequenos sacos de tecido presos ao corpo, o que levou as autoridades a acreditarem que eram utilizados no transporte de pequenos objetos.

Levada à delegacia, a visitante disse ao delegado Paulo de Souza que levou as marmitas cheias de comida para o detento que foi visitar, mas, ao recebê-las de volta, não sabia que os pássaros encontravam-se em seu interior. Num depoimento de difícil sustentação, disse que entregaria as vasilhas a uma mulher em um carro preto, que chegou a ser procurada mas não foi encontrada nas proximidades.

Depois de prestar as declarações, a mulher foi liberada, mas será investigada junto com outros suspeitos de participarem do esquema que utilizaria os animais para o transporte ilícito.

Apreendidos, os pombos foram entregues aos cuidados da veterinária Cátia Voss, que atesta estarem em boas condições físicas e, pelas características, até poderem se empregados no transporte de pequenos objetos.

Os pombos serão mantidos em cativeiro porque, segundo a veterinária, se forem soltos, voltarão à penitenciária a poderão ser utilizados. Pelas característica física, o pombo-correio sempre retorna para onde foi criado para receber alimentação. Funcionários do presídio disseram que nos últimos meses têm percebido o aumento do número de pombas, especialmente entrando nas celas.

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