São Paulo – A Operação Themis, realizada ontem em São Paulo, por cerca de 400 agentes da Polícia Federal (PF), teve um contratempo no decorrer das investigações, iniciadas em agosto: o vazamento de informações. ?Havia agentes da organização criminosa infiltrados em órgãos públicos e concessionária de telefonia?, afirmou o delegado Luiz Roberto Ungaretti, da PF, sem citar o nome da concessionária, alegando que poderia comprometer o curso da investigação.
Segundo Ungaretti, esses agentes infiltrados repassaram informações à quadrilha, que, a partir daí, se empenhou em manipular ou anular provas importantes. De acordo com a polícia, a atuação da organização criminosa não se limitava a obter liminares dos juízes que atendiam a interesses de empresários e donos de bingos.
O bando também obtinha com os magistrados decisões em matéria tributária que tornavam viável a compensação indevida ou a suspensão da exigibilidade de créditos tributários. Conforme a corporação, todas as provas da operação serão reunidas e encaminhadas para a sede em Brasília. O nome Themis foi escolhido para diferenciar de outra operação em curso, a Hurricane.
