Agentes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) estão à procura do funcionário do Serviço de Imigração e Naturalização dos Estados Unidos – Homeland Security -, Michael Joseph Clifford, acusado de pedofilia. Nesta quarta-feira (9), na operação batizada Castelo de Areia, a polícia prendeu Ivan Carlos Souza Santos, de 41 anos, e José Marcílio Barros, de 24 anos, que teriam agenciado um menino de rua de 12 anos para se prostituir para o norte-americano. O delegado-titular da DPCA, Deoclécio de Assis, informou que emitiu alerta para todos os aeroportos e enviou ofício ao consulado dos EUA, mas admitiu que Clifford já deve ter deixado o País. As investigações duraram um mês.

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Investigadores da DPCA filmaram a ação dos aliciadores e chegaram a flagrar, no dia 15 de março, a entrada do menor em um hotel da orla de Copacabana por volta das 3h, logo após Santos entrar no saguão. As imagens do circuito interno do hotel mostram que a criança deixou o hotel sozinha seis horas depois, na manhã do dia seguinte. À noite do mesmo dia, as imagens mostram Santos discutindo com o norte-americano no saguão do hotel. Os policiais acreditam que ele tentou chantagear Clifford após saber que o norte-americano tirou fotos eróticas do menino. O programa teria custado R$ 200 ao estrangeiro. Clifford deixou o hotel horas depois. Santos teria confessado a Flávio Vieira, segurança do hotel, que cobrava uma dívida do norte-americanos referente ao programa. Barros e o comparsa tentaram entrar com a criança no hotel à procura do turista no dia seguinte, sem sucesso.

De acordo com as investigações, o norte-americano viria com freqüência ao país para entregar brasileiros deportados à Polícia Federal. A DPCA investiga se o estrangeiro e a dupla de brasileiros aliciavam menores com freqüência. "Acreditamos que após a divulgação da prisão deles, novos casos vão aparecer", afirmou o delegado-titular da DPCA. Todos os acusados estão indiciados por atentado violento ao pudor e exploração sexual de menores. A pena pode chegar a 15 anos de prisão. O consulado norte-americano do Rio informou que se pronunciaria após receber a notificação oficial da polícia.

Os dois brasileiros foram presos na praia de Copacabana na manhã desta quarta-feira (9). Santos era conhecido por turistas e moradores pelas suas esculturas nas areias da praia. Ele e seu assistente, o cearense Barros, esculpiam mulheres seminuas com biquíni fio-dental. A dupla atuava no trecho em frente à rua Miguel Lemos. A região é um conhecido ponto de prostituição da orla carioca. Santos já era foragido da Justiça da Bahia, onde foi condenado por tráfico de drogas e roubo.

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