A Polícia Civil prendeu hoje 38 pessoas suspeitas de envolvimento em vistorias ilegais de licenciamento, transferências de propriedade de veículos e emissão de documentos do Detran (Departamento de Trânsito) no Rio. As informações são da Agência Brasil.
Entre os presos estão funcionários, ex-funcionários, despachantes e zangões (despachantes não registrados). Segundo as investigações, os carros sequer eram levado a um posto do órgão para serem vistoriados.
Desencadeada pela Corregedoria do Detran e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Rio, a “Operação Asfalto Sujo” durou toda manhã de hoje e contou com 200 agentes civis.
Dos 41 mandados de prisão expedidos pela Justiça, 38 foram cumpridos pelos policiais. Ao todo, foram cumpridos 67 mandados de busca e apreensão nos municípios investigados.
Segundo a denúncia, a quadrilha atuava, há pelo menos três anos, em municípios da Baixada Fluminense, na região metropolitana e no interior do Estado.
A princípio, as investigações tinham como alvo apenas a cidade de Itaboraí, na região metropolitana. No entanto, no decorrer da investigação, iniciada há seis meses, foi constatado o envolvimento de funcionários dos postos de São Gonçalo (região metropolitana), Magé (Baixada Fluminense) e de Campos dos Goytacazes, no norte do Estado.
De acordo com as investigações, os acusados chegaram a ganhar cerca de R$ 200 mil por mês com as fraudes. Além dos 41 denunciados, outros dez acusados vão responder por crimes isolados de corrupção, destruição de documento público e inserção de dados falsos no sistema do Detran, somando 53 delitos.
O exercício da função pública de 47 funcionários e despachantes registrados no órgão será suspensa, a pedido do Ministério Público.