Polícia prende suspeitos de fraudar licitações em 36 prefeituras de MG

Dezesseis pessoas foram presas hoje em operação da Polícia Federal contra suposto esquema de fraudes em 36 prefeituras no norte de Minas Gerais.

A PF não divulga nomes, mas diz que foram presos secretários municipais, vereadores, servidores públicos e donos de empresas.

Segundo a PF, todos integram uma quadrilha que fraudava licitações de construção civil na região.

O delegado Marcelo Eduardo Freitas, chefe da PF em Montes Claros, disse que as empresas ganhavam contratos com ajuda de servidores e entregavam obras “em completo desacordo” com o previsto, usando material de baixa qualidade e apresentando notas fiscais falsas.

Um dos empresários presos possuía várias empreiteiras que concorriam em uma mesma licitação, com o nome de “laranjas”, segundo o delegado.

Freitas disse que as investigações mostram ainda o envolvimento de prefeitos. A quebra de sigilo telefônico mostrou que um deles pediu para um funcionário “sumir” com documentos.

A operação, batizada de Máscara da Sanidade e feita em conjunto com o Ministério Público, também apreendeu documentos e cumpriu 49 mandados de sequestro de bens e valores.

Além das prisões temporárias (válidas por cinco dias), uma pessoa foi presa em flagrante por uso de arma de fogo.

Os presos responderão por crimes contra a administração pública, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, entre outros.

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