O adolescente P.A.M.C., que completa neste sábado 15 anos, foi detido após se entregar à polícia. Ele é apontado pelos comparsas como o responsável pelos disparos que mataram o casal Glauber Alexandre Paiva, de 37 anos, e Marta Maria Sena de Oliveira, de 30. O crime ocorreu no dia 26, em um semáforo próximo da Avenida Giovanni Gronchi, no Morumbi, na zona sul de São Paulo. As vítimas foram baleadas na frente de Gabriel, o filho de 7 anos do casal, quando P.A.M.C. e outros dois adolescentes tentavam roubar o Honda Fit de Glauber.
O menor disse que, ao se aproximar da janela do passageiro, Marta fechou o vidro. Irritado com a atitude da vítima, o bandido atirou. Foi quando ?o carro andou?. Suspeita-se que, com o disparo, Glauber, soltou a embreagem do carro, fazendo o veículo se mexer. O ladrão disse que atirou novamente e fugiu. Ele negou ter disparado no motorista – seus comparsas disseram que ele estava na janela do motorista e teria atirado em Marta e em Glauber.
P.A.M.C. foi denunciado pelos colegas – um adolescente de 16 anos e outro de 14. Detidos anteontem pela Delegacia Seccional de Taboão da Serra, eles foram levados ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Diante do cerco montado pelos investigadores do departamento, o adolescente, acompanhado por seu advogado, entregou-se às 16 horas no Jardim Irene, na zona sul. P.A.M.C. confessou o crime e disse que havia jogado a arma usada, um revólver calibre 38, em um bueiro. Os policiais foram ao local para tentar achar a arma, mas não a encontraram.
O esclarecimento do assassinato do casal começou depois que os policiais da Seccional de Taboão da Serra foram verificar uma denúncia anônima. Acabaram prendendo os dois primeiros acusados, que confessaram o crime e contaram que P.A.M.C e o comparsa de 16 anos estavam armados com revólveres. Dois dos acusados disseram que queriam o Honda Fit do analista de sistema Glauber para dar uma volta. P.A.M.C. disse que eles queriam roubar os acessórios do carro. Para a polícia, eles mentem. ?Vamos apurar se alguém havia encomendado o roubo do carro para vendê-lo para um desmanche?, afirmou o delegado Flávio Afonso da Costa, do DHPP.