Onze pessoas foram presas nesta segunda-feira durante uma operação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Eles faziam parte de uma quadrilha que furtava, roubava e adulterava cadastros de veículos para revendê-los.
Os carros clonados eram anunciados em classificados de jornais. Segundo o delegado Heliomar Franco, titular da Delegacia de Roubo de Veículos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) do Rio Grande do Sul, os carros eram vendidos em vários Estados, como Santa Catarina, em Mato Grosso e no Rio Grande do Sul.
Entre os envolvidos, dois já cumpriam pena. Pelo menos outras duas pessoas ainda estão sendo procuradas. As prisões aconteceram em Porto Alegre e outras 10 cidades, entre elas Lages.
Investigação
A polícia chegou até a quadrilha após a denúncia de uma das 40 vítimas do bando. O comprador tentou transferir o veículo no Departamento Estadual de Trânsito (Detran), em Porto Alegre, e constatou que o carro era adulterado. A vítima possuía o telefone de um dos membros da quadrilha, o que facilitou o início das investigações, de acordo com o delegado.
O esquema de roubo e adulteração de veículos, segundo Heliomar, contava com funcionários do sistema do Infoseg, do Ministério da Justiça, que possuíam uma senha, de um policial militar de Pernambuco, que permitia o acesso aos dados dos carros.
Outros funcionários do Centro de Registro de Veículos Automotores (CRVAs), que repassavam dados dos prontuários dos veículos, já foram identificados pela polícia mas ainda não foram presos.
Foram apreendidos 12 veículos roubados. Um dos presos já foi reconhecido por um das vítimas.
O grupo roubava principalmente carros importados seminovos, como caminhonetes, que eram comprados por R$ 1.500,00. Além das encomendas, a quadrilha também comprava veículos de outros assaltantes. O bando agia desde 2007 e teria causado prejuízos de aproximadamente R$ 1,5 milhão.