Polícia pode pedir prisão preventiva de pai e madrasta de Isabella

Apesar de o Tribunal de Justiça ter concedido na sexta-feira (11) a liminar em habeas-corpus para Alexandre Nardoni e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, a Polícia Civil de São Paulo já fala, pela primeira vez, em pedir a prisão preventiva do casal suspeito da morte de Isabella Nardoni. "Agora, com o andamento das investigações, se concluirmos a linha de pensamento que temos até o momento, será pedida a prisão preventiva dos suspeitos", disse o diretor-geral do Departamento de Polícia Judiciária da Capital, Aldo Galiano, à TV Globo.

O promotor Francisco Cembranelli, indicado pelo Ministério Público para acompanhar o caso, já havia afirmado ontem que existem indícios que ligam o pai e a madrasta aos ferimentos encontrados no corpo da menina de 5 anos. "Há informações que nos permitem vincular o casal aos ferimentos sofridos por Isabella e ao que ocorreu na cena do crime", disse.

A delegada-assistente Renata Pontes, do 9º DP, que apura o caso Isabella, ouviu hoje depoimento de dois casais que são vizinhos ao apartamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina no Edifício London, onde a menina morreu no dia 29 de março. Renata antecipou que deve ouvir amanhã (13) mais cinco depoimentos de "pessoas próximas à cena do crime".

Cristiane Nardoni, irmã de Alexandre, será ouvida apenas "no momento oportuno", disse a delegada, que descartou que seja amanhã. Os depoimentos do pai e da madrasta, que ficaram nove dias na prisão, serão tomados somente após a liberação dos laudos do Instituto de Criminalística (IC) e Instituto Médico-Legal (IML).

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