A força-tarefa da Polícia Civil para investigar os assassinatos em série de 12 pessoas na periferia de Campinas começou a ouvir nesta sexta-feira, 17, os policiais militares que trabalharam na madrugada do dia 13, na região do Ouro Verde. A principal suspeita é que a ação envolva PMs que teriam agido como um grupo de extermínio em reação ao assassinato de um policial durante um roubo, horas antes, no mesmo bairro, por dois criminosos.

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Um dos ouvidos é um tenente que comandava as equipes naquela madrugada. Pelo menos outros dois policiais militares foram ouvidos pelos delegados. Além de saber o que ocorreu naquela noite, os policiais serão questionados porque a PM demorou a atender os chamados depois dos assassinatos e por que não foi feito o registro de dois baleados que sobreviveram.

 

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A Polícia Civil segue em busca dos dois homens identificados como autores do assassinato do policial militar Arides Luis dos Santos, de

44 anos, na tarde do domingo. O crime pode ter desencadeado a reação contra os criminosos da região.

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Foram 12 mortes, em cinco locais diferentes da mesma região, todos pontos de venda de drogas. As vítimas foram executadas com tiros na cabeça e no torax, sem chance de defesa. Seis dos mortos não tinham passagem pela polícia. Vizinhos e familiares acusam policiais de terem agido encapuzados.