O comandante do 13º Batalhão, Édson de Almeida, e um oficial de Justiça estiveram hoje no Cine Vitória, no centro do Rio, para negociar a saída dos invasores do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) que ocupam o edifício desde domingo. O antigo cinema, que está fechado há cerca de 10 anos, é tombado pelo patrimônio histórico municipal, mas está completamente destruído e ameaçado por infiltrações. Ele fica num prédio de sete andares, que foi invadido por cerca de 100 pessoas.

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A Nigre Engenharia, proprietária do terreno, conseguiu ontem uma liminar de reintegração de posse na 47ª Vara Cível, mas não quis cumpri-la imediatamente porque teme que o confronto arranhe a imagem da empresa. Um advogado da companhia acompanhou a polícia e o oficial de Justiça numa rápida visita ao prédio, onde se constatou que as instalações não estão sendo depredadas pelos invasores, contrariando o que alegaram na ação. A estratégia da empresa, que cortou a água do imóvel, é vencer os invasores pelo cansaço.

A coordenadora estadual do movimento que luta pela reforma urbana, Maria de Lourdes Lopes, disse que os advogados do MNLM entraram com recurso pedindo à Justiça a cassação da liminar. "Mas se a decisão da Justiça for mantida, iremos cumpri-la", avisou. O comandante do batalhão e o representante da empresa não quiseram dar entrevista. O oficial de Justiça, que não quis se identificar, disse que voltarão para cumprir o mandado na segunda-feira.

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