Mesmo com a determinação da Lei Maria da Penha de que o homem pego em flagrante agredindo a companheira seja preso, não foi assim que a polícia de Brasília agiu quando foi casa de M. apartar uma briga entre ela e o marido.

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"Ele chegou em casa e começou a me bater. Quando a polícia chegou eles tiravam ele e mesmo assim ele voava pra cima de mim de novo. Sabe como é, bêbado é teimoso", conta.

Segundo ela, aquela foi a quarta agressão física do ex-marido contra ela, que não terminou em prisão. Depois do episódio, o juiz que já cuidava do caso por causa de denúncias anteriores da vítima, determinou que o marido deveria sair de casa.

"Eu já tinha ido ao juiz toda machucada. Ele chamava o meu ex-marido para ir lá, mas ele nunca foi. Até que um dia eu avisei ao juiz que não iria mais voltar, porque eu ficava gastando dinheiro da passagem de ônibus e o outro nunca comparecia", conta.

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Atualmente M. vive com outro homem com quem teve um filho, o quarto. Ela disse que está desempregada e vive de programas assistenciais. Do ex-marido, ela diz que só quer o cumprimento das obrigações legais com os filhos. "Eu resolvi não querer mais ele. Agora quero o direito dos meus filhos, porque ele também tem que contribuir", completa, decidida.