O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu nesta quarta-feira, 19, que a polícia não vá “além do necessário” para coibir atos de vandalismo dentro das manifestações em andamento pelo País. Depois de fazer críticas diretas à polícia paulista na semana passada, o ministro afirmou que não tem papel de “corregedor” e não gostaria de comentar a ação das forças de segurança de outros Estados. Afirmou ainda que o envio da Força Nacional de Segurança a sedes da Copa das Confederações ocorre de acordo com planejamento feito antes do evento.

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“Não podemos ter a admissibilidade de situações de depredação, de violência de pessoa física, e as autoridades policiais que, obviamente, intervêm, devem fazê-lo dentro princípio da proporcionalidade, ou seja, utilizar os meios necessários, nunca além do necessário, para manutenção da ordem e da lei”, disse o ministro.

Cardozo lembrou a declaração da presidente Dilma Rousseff em defesa da liberdade de manifestação e disse que os governantes precisam ouvir as reivindicações levantadas nos protestos. Na semana passada, Cardozo criticou a ação da polícia em São Paulo, mas agora se negou a fazer análise sobre confrontos registrados em outros Estados nos últimos dias.

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“Sempre que existir situações vou me manifestar. Não tenho papel corregedor sobre os Estados, nem vou fazer análise comparativa, minha posição não é porque foi em São Paulo. Qualquer Estado tem de se valer dos princípios constitucionais do poder de polícia e um destes princípios é o da proporcionalidade”, disse. Ele ainda ironizou dizendo não comentar casos de outros Estados porque o lançariam como candidato a governador.

O ministro comentou ainda a queda da avaliação positiva do governo Dilma, demonstrada em pesquisa Ibope divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ele destacou que o patamar continua muito alto e disse não ver qualquer relação entre a queda e os protestos espalhados pelo País.

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Segundo o levantamento, a avaliação do governo Dilma piorou em junho na comparação com março. Os dados apontam que a proporção da população que considera o governo ótimo ou bom caiu de 63% para 55% no período. A proporção de pessoas que consideram o governo