A Polícia Civil do Rio abriu investigação para apurar a ocorrência de um estupro que teria sido praticado por pelo menos dois criminosos e divulgado nas redes sociais. Um deles, identificado apenas como Michel, postou no Twitter nesta terça-feira, 24, um vídeo que mostra uma jovem nua e desacordada. Na gravação, ele e outro rapaz exibem a moça e fazem comentários que indicam o estupro.
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“Amassaram a mina, intendeu (sic) ou não intendeu (sic)? Kkkkkkkkkk”, escreveu o autor da postagem.
No início do vídeo, um dos homens afirma: “Essa aqui, mais de 30, engravidou”. Enquanto filmam o órgão genital da vítima, um deles narra: “Olha como que tá (sic). Sangrando. Olha onde o trem passou. Onde o trem bala passou de marreta”.
O linguajar usado pelos dois homens sugere que sejam pessoas habituadas a gírias comuns entre criminosos. Além do vídeo, também há pelo menos uma foto de um dos rapazes à frente do corpo da jovem.
A postagem repercutiu no Twitter nesta quarta-feira, 25. “Ele dopou a garota e filmou ela (sic) após o estupro”, escreveu uma pessoa. “Embebedou uma garota a ponto de deixá-la inconsciente, estuprou e postou um vídeo se vangloriando do ato”, postou outro internauta. “O cara estupra, expõe e se gaba da atitude abominável. O que ele merece? Cadeia! Denunciem o Michel”, escreveu outra pessoa.
Após a repercussão, um dos rapazes que aparecem nas imagens apagou sua conta na rede social. Antes, porém, ele reclamou das críticas e ameaçou divulgar mais imagens da vítima.
Pelo menos mais quatro rapazes compartilharam o vídeo – não se sabe se eles também participaram do estupro ou se limitaram a divulgar o vídeo -, o que também pode valer punição pela Justiça.
Delegado O caso é investigado pelo delegado Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que informou não poder dar detalhes a respeito da investigação, para não expor a vítima.
Ao longo da noite desta quarta, os perfis das quatro pessoas que até então haviam divulgado o vídeo foram alvo de críticas de outros internautas. Eles pedem que ninguém compartilhe as imagens e defendem punição aos envolvidos. Foram divulgados um perfil no Facebook e um número de telefone celular que pertenceriam a um dos autores do estupro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.