Polícia investiga denúncia de estupro em festa da USP

A Delegacia de Defesa da Mulher de Sorocaba investiga denúncia de uma aluna da Universidade de São Paulo (USP) que teria sofrido estupro durante os Jogos Universitários de Comunicações e Artes (Juca), realizado entre os dias 26 e 29 de maio, na cidade do interior paulista. O autor da violência sexual seria um estudante de 35 anos do Instituto de Física da USP em São Paulo. A vítima, de 20 anos, teria apontado o agressor, que foi expulso da festa pelos seguranças e escoltado até a rodoviária da cidade.

A estudante, aluna da Escola de Comunicação e Artes (ECA), também da capital, foi levada ao plantão da Polícia Civil para fazer a queixa e, em seguida, deixou a cidade. O estupro teria ocorrido durante a Festa “ECA sem Meio”, que reunia seis mil estudantes de oito universidades paulistas.

O informativo ECAtlética, editado pelos estudantes da ECA, traz uma nota de repúdio, com o título: “Alerta de Gatilho: estupro”. O texto relata a violência e afirma que a estudante “por ora está bem e está recebendo todo apoio de seus amigos”. “Tendo agora conhecimento dos fatos, pedimos a todos e a todas que respeitem a privacidade da vítima e colaborem para sua recuperação sadia, evitando a disseminação de fofocas e de especulações acerca do fato”. A nota, postada em rede social, é assinada também pelo Coletivo Feminino da ECA.

De acordo com a titular da Delegacia da Mulher de Sorocaba, Ana Luiza de Carvalho Salomone, a estudante tem prazo de seis meses para representar contra o autor do crime. Os estudantes ficaram alojados numa escola municipal, mas o estupro teria sido praticado num recinto usado para os jogos na zona leste da cidade.

A USP informou em nota que a vítima deve formalizar a ocorrência junto à universidade para a abertura de sindicância e processo disciplinar. “A aluna em questão ainda não apresentou nenhuma queixa formal à universidade, que tomou conhecimento do caso pelas redes sociais. No caso específico de violação de direitos humanos, após a denúncia formal é feita comunicação à Comissão de Direitos Humanos da USP, ao Escritório USP Mulher e tomadas as demais providências legais”, informa a nota.

Segundo a USP, a punição resultante do processo administrativo pode ser até a expulsão do envolvido. “É necessário que as vítimas conheçam e confiem nos meios institucionais postos à sua disposição para o acolhimento, orientação jurídica e encaminhamento para a área médica”, afirma.

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