O titular da 1º Delegacia de Polícia de Ribeirão Preto, Luiz Geraldo Dias, encerrou hoje o inquérito e indiciou duas pessoas pelas mortes de dois funcionários que trabalhavam na manutenção e troca de cabos do elevador do Edifício Garagem Everest, no centro da cidade paulista, no dia 2 deste mês. O engenheiro da empresa Atlas Schindler, Marcelo Seixas Castro, e o dono da AT Serviços, de São Paulo, Altair Gomes de Oliveira, foram indiciados por homicídio duplamente culposo (sem intenção de matar), que prevê pena de um a três anos de detenção.

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Reginaldo da Silva Oliveira, de 37 anos, e Alonso Lima Silva, de 50, morreram quando o elevador de carros caiu do 10º andar, de uma altura de cerca de 30 metros. Segundo o delegado, a empresa AT Serviços não tem registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) e na Junta Comercial de São Paulo. Por isso, quando Castro, gerente regional da Atlas desde 1991, contratou a empresa, ele assumiu o risco de incidentes.

“Foi uma conduta omissiva e negligente”, afirmou o delegado. O Ministério Público Estadual (MPE) analisará o inquérito de 700 páginas e poderá oferecer denúncia à Justiça ou pedir novas provas à Polícia Civil.

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