A Polícia Civil de Santa Fé do Sul (SP) identificou a universitária que teria despejado o produto químico que queimou duas calouras, uma delas grávida, em trote da Fundação Municipal de Educação e Cultura (Funec), na segunda-feira (9). O delegado Gervásio Fávaro, que apura o caso, não divulgou o nome da aluna. Disse que só vai ouvi-la no final do inquérito e, possivelmente, ela será indiciada por lesão corporal dolosa.
Segundo Fávaro, além de Priscila Vieira Muniz, de 18 anos, grávida de três meses, e de Jéssica da Silva Rezende, de 17, pelos menos outras duas pessoas teriam sido atingidas pela universitária. O delegado vai ouvir outra vítima, uma estudante que mora em Aparecida do Taboado (MS) e estuda em Santa Fé. “Ela também foi atacada. Na verdade não sabemos quantas pessoas foram vítimas”, disse. “Estamos entrando em contato com essas pessoas para que façam denúncia formal.”
A polícia informou que o produto usado no trote continha creolina, solvente e desinfetante, mas o frasco não foi apreendido. Priscila também passou ontem por exame para verificar o estado de saúde de seu bebê. “Ele estava dormindo, mas sabemos que nada aconteceu a ele”, disse. A Funec fez novo pronunciamento ontem, informando que abriu processo administrativo para apurar a responsabilidade e punir os culpados. Ao mesmo tempo, diz a nota, a fundação vai acompanhar o desenrolar do inquérito para aplicar penas cabíveis.