Os organizadores do show do último sábado da banda britânica Cock Sparrer, no Carioca Club, em Pinheiros, zona oeste da capital paulista, afirmaram que pediram à Polícia Militar (PM) reforço para evitar um confronto entre punks e skinheads. A briga envolvendo cerca de 70 pessoas provocou a morte do punk Johni Raoni Falcão Galanciak, de 25 anos, e deixou ferido Fábio dos Santos Medeiros, de 21, que permanece internado em estado grave no Hospital das Clínicas.

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Depois de acompanhar em redes sociais as ameaças de uma briga entre os grupos rivais, a organização do show encaminhou um ofício à PM para que tomasse as providências necessárias para evitar o confronto.

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) identificou a participação dos grupos de skinheads Front 88, Terror Holligan e Resistência Nacionalista, e investiga a participação deles na morte de Galanciak.

A PM confirma que foi acionada previamente pelos organizadores e diz que tomou as medidas cabíveis para evitar o duelo. Fala também que já monitorava os grupos na internet. Segundo o Comando de Policiamento da Capital (CPC), foram destacadas três patrulhas com duas motocicletas cada, duas viaturas da Força Tática e outra da 1.ª Companhia do 23.º Batalhão.

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Porta-voz do CPC, o capitão Cleodato Moisés do Nascimento diz que só havia duas motos na frente do clube quando começou a confusão porque as demais viaturas estavam vigiando a região. “O nosso papel não era ficar parado ali o tempo todo, mas fazer o patrulhamento nas imediações, na saída da Estação Clínicas do metrô, nos pontos de ônibus e nas ruas de acesso à Cardeal Arcoverde. Eles não disseram onde aconteceria a briga. Poderiam arrumar encrenca em qualquer lugar.”

Nascimento diz que a primeira ligação para o 190 ocorreu às 19h18 e que o reforço chegou em cerca de três minutos, com 15 policiais. “A pancadaria foi muito rápida.” Oito pessoas foram identificadas como participantes da briga e levadas ao 14.º DP (Pinheiros). Por falta de testemunhas, não foi feito o flagrante e elas acabaram liberadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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