Policiais civis e militares prenderam seis motoristas de caminhão numa operação conjunta realizada nessa terça-feira, 16, na cidade de São Paulo. Os motoristas, que trafegavam pela Marginal Tietê, carregavam produtos químicos e perigosos de forma irregular.

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O delegado Tocantins Luiz Coelho Júnior, do Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade), informou que a ação procura garantir maior segurança para quem compartilha as vias expressas com veículos que transportam produtos perigosos. Os seis caminhões apreendidos apresentavam irregularidades na conservação da carga.

De acordo com a Secretaria de Segurança do Estado, o motoristas, que têm entre 35 e 45 anos, foram detidos por oferecer perigo à sociedade (incolumidade pública). Todos são contratados por empresas de transporte.

Segundo informações da Polícia Civil, as irregularidades mais comuns nos caminhões que transitam pela capital são a falta de sinalização indicando a carga de risco e o painel de segurança incompatível com o produto transportado. Além do mal acondicionamento, a falta de kit de emergência e de certificado de capacitação ou documentos vencidos integram a lista de infrações.

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Certificados

“O motorista responsável pelo transporte de produtos químicos e perigosos deve ter capacitação técnica para tanto”, explica Tocantins. “Esse curso é de extrema importância para a sociedade.” Os cursos próprios de Movimentação e Operação de Produtos Especiais (Mope) ou o de Movimentação e Operação de Produtos Perigosos (Mopp) exigem que o motorista tenha mais de 21 anos e já possua habilitação para dirigir grandes veículos. Além disso, não pode haver registro de nenhuma infração grave ou gravíssima, nem de reincidência em infrações médias durante os últimos 12 meses.

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Na última semana, o Ministério Público do Mato Grosso do Sul e a Polícia Rodoviária Federal prenderam parte de uma quadrilha que vendia carteiras falsas de habilitação e certificados para transporte de cargas perigosas. Iniciadas em 2012, as investigações revelaram que os documentos falsos foram vendidos em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e São Paulo.

 

Na ocasião, sete mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos. O MP estima que, em menos de três meses, cerca de 50 habilitações tenham sido comercializadas ilegalmente. Cada documento custava entre R$ 1.500 e R$ 3.000. Já os certificados de curso para transportes de cargas perigosas saíam por R$ 400.