Brasília – Apesar de o fim da greve dos policiais federais não ter sido aprovada pelo sindicato da categoria em cinco estados, todos os agentes, escrivães e peritos devem voltar ao trabalho a partir de hoje. Ontem, o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Francisco Carlos Garisto, pediu ajuda ao Congresso para retomar as negociações com o governo, paralisadas há 60 dias, período que o movimento durou.

Na Comissão de Segurança do Senado, onde esteve pela manhã, ele reconheceu que a operação padrão feita durante a greve “foi um tiro no pé” e teve efeito negativo junto à população e à opinião pública. Até ontem, pelo menos 45% dos policiais federais grevistas já tinham seus pontos cortados, já que o Ministério da Justiça havia conseguido ações favoráveis na Justiça em 12 estados, alguns deles, como Rio de Janeiro e São Paulo, além do Distrito Federal, onde o efetivo é grande. Os grevistas estão contando com a ajuda do presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), para se reaproximar do governo e sentar novamente à mesa de negociações. Os policiais pedem salários de nível superior.

Segundo Garisto, apesar de em cinco estados a decisão ter sido pela manutenção da greve, todos os policiais retornam hoje ao trabalho, e deverão esperar resposta do governo para retomar as negociações até a próxima semana. E mesmo que se decida pela manutenção do movimento, serão utilizados outros métodos, diferentes da operação padrão.

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