Os investigadores da Polícia Federal (PF) em Minas Gerais vão se concentrar, a partir de segunda-feira (23), na análise dos documentos apreendidos em sete Estados e no Distrito Federal, durante a Operação João de Barro, deflagrada na sexta-feira. Os agentes querem, de posse de novos dados, reforçar o pedido feito à Justiça Federal para prender os prefeitos envolvidos no esquema de desvio de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a construção de casas populares e obras de saneamento básico.
Os pedidos de prisão já foram encaminhados aos tribunais regionais federais. No entanto, até o início da operação, nenhum deles foi autorizado pela Justiça. Por isso, a PF decidiu cumprir os mandatos de que já dispunha – de busca e apreensão e prisão de 38 funcionários públicos, lobistas e empresários – e esperar, para uma segunda etapa, por uma decisão da Justiça em relação aos prefeitos.
Todos documentos apreendidos nos sete Estados e no DF foram encaminhados para a Superintendência da Polícia Federal em Belo Horizonte (MG), onde as investigações vão se concentrar. As 26 pessoas presas na operação foram também transferidos ontem à noite para Minas Gerais. Parte dos presos já foi ouvida pelos delegados responsáveis. Os demais começarão a ser ouvidos nesta segunda-feira. A PF pretende ainda prender outras 12 pessoas nos próximos dias, completando assim os 38 mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal e de 1ª instância.