Rio de Janeiro – A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (11) mais um suspeito de fazer parte da quadrilha que fraudava licitações em reparos de plataformas da Petrobras e repassava verbas para organizações não-governamentais (ONGs). Ricardo Moritz, preso em Florianópolis, é acusado de participar das fraudes como laranja do contador Ruy Castanheira, um dos responsáveis pelo esquema, para uma empresa inexistente, além de fornecer dinheiro para ONGs.

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Ontem (10), foram presas 13 pessoas acusadas de envolvimento com a quadrilha que fornecia informações privilegiadas da Petrobras, entre elas, funcionários da instituição e representantes de empresas que supostamente se beneficiariam com a fraude, como a Angraporto OffShore, a Mauá Jurong e a Iesa.

Segundo a Polícia Federal, foram apreendidos na casa de uma das pessoas presas na terça-feira três espingardas calibre 12, uma carabina 22, uma pistola Colt, um revólver 357, uma beretta 635, um silenciador de metralhadora e um mira-laiser.

O ministro da Justiça, Tarso Genro, informou que a operação da PF foi deflagrada a pedido da Petrobras. "É necessário deixar bem claro que a Polícia Federal foi demandada pela direção da Petrobras, quando esta teve a informação de que ocorriam irregularidades, e aí o serviço de

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segurança da Petrobras trabalhou de maneira articulada com a PF".

A Polícia Federal informou ainda que dois empresários ligados à Angraporto, presos em Brasília, por suspeita de participação em irregularidades com licitações das plataformas, vão ser encaminhados para a Superintendência da PF no Rio de Janeiro para prestar depoimento.

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A empresa Angraporto informou, em nota à imprensa, que "cumpriu as disposições legais em todos seus atos jurídicos, contratuais e administrativos", e que "vai colaborar com as nvestigações".

Já a empresa Iesa, também indiciada pela PF, nega "qualquer associação ou vínculo com a Angraporto Offshore". A Empresa Mauá Jurong preferiu não se pronunciar sobre o assunto.

A Petrobras informou, em nota oficial, que foram afastados todos os empregados envolvidos com a quadrilha de fraude de licitações e que a empresa deu todo apoio à Operação Águas Profundas, principalmente na fase de investigação.