Macapá – Mais dois acusados de fraudes em licitação de obras com verba federal foram presos no Amapá. Dois acusados que estavam foragidos no estado resolveram se entregar. Iraneide Santos dos Santos, acusada que estava sendo procurada pela polícia, apresentou-se às 6h da manhã de ontem. O outro acusado é funcionário da prefeitura do município de Oiapoque, a 599 quilômetros da capital e teve seu nome mantido em sigilo para preservar as investigações. Ele se apresentou na superintendencia da Polícia Federal de Macapá às 23h de sexta-feira. Os dois estavam com advogados.

A Operação Pororoca deflagrada pela Polícia Federal na manhã do dia 3 de novembro já resultou na prisão de 21 pessoas no Amapá, dois no Pará, quatro no Distrito Federal e um em Minas Gerais. A maioria dos presos está nas celas da Polícia Federal. O empresário paraense e suplente de senador Fernando Flexa Ribeiro está internado desde a noite de sexta-feira no Hospital São Camilo, de Macapá. Ele passou mal na cela da Polícia Federal que dividia com mais oito presos. Segundo o médico cardiologista Antônio Cabral, Ribeiro teve uma crise de hipertensão e foi levado para o hospital onde está, acompanhado de dois agentes federais.

Nove delegados estão colhendo os depoimentos dos acusados. A maioria concordou em prestar esclarecimentos à PF, depois da orientação dada pelos delegados federais de que quem colabora com a polícia pode ter até um terço da pena reduzida. Seriam ouvidos ainda ontem os acusados presos em Brasília. São eles os lobistas André Claiton Fernandes Dias e Lyziane Nogueira da Rocha Fragoso, além de Maria Francisca Soares e Wadilson Cardoso Nunes, funcionários do ministério da Educação que manipulavam o sistema Siafi.

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