Belém – Agentes da Polícia Federal no Pará desbarataram ontem uma quadrilha de 28 hackers que vinha desviando dinheiro de contas bancárias de correntistas de todo o Brasil pela internet. Foram presas 19 pessoas em Belém, 5 em Marabá e 4 em Parauapebas, no sudeste paraense. Em Fortaleza, 12 pessoas foram presas e outras 7 em São Luís, além de outras 6 no Tocantins. O esquema funcionava a partir do envio de e-mails infectados com vírus, capazes de capturar a senha e os dados secretos dos donos de contas em bancos públicos e privados acostumados a fazer movimentações a partir de suas residências ou locais de trabalho.

Na capital paraense os policiais estiveram em 22 endereços e prenderam os principais suspeitos em casa, além de apreender carros, computadores, disquetes e programas. Segundo a Polícia Federal, a maioria das vítimas do golpe de clientes das regiões sul e sudeste do País. O coordenador da operação, delegado Cristiano Sampaio, explicou que os hackers do Pará e Maranhão, onde se concentra a maioria dos criminosos, chegaram a capturar senhas bancárias em mais de 30 mil endereços eletrônicos. Os presos serão indiciados por estelionato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

A PF pretendia prender, ainda ontem, outras 28 pessoas envolvidas no esquema. Todos serão indiciados por estelionato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Pelos cálculos da PF, o prejuízo causado aos bancos, estatais e privados, pelo grupo é de R$ 80 milhões. Entre os bancos mais visados pela quadrilha estão a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, HSBC, Bradesco, Unibanco e Itaú. Grande parte dos presos tem menos de 25 anos. Wel-lington Patrick Borges, Paulo Oliveira Braga e Satiro Kiquchi são os principais suspeitos de chefiar a quadrilha.

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