Manaus – A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã de ontem toda a família do deputado estadual Antônio Cordeiro (PPS-AM) e donos de várias empresas envolvidas com fraude de licitações em obras do governo. Ao todo, foram presas 19 pessoas em Manaus e uma em São Paulo, na operação Albatroz, deflagrada pela PF em Manaus. Somente Cordeiro não foi preso, já que possui imunidade parlamentar, mas em sua casa a Polícia Federal apreendeu R$ 500 mil em espécie e um cheque ao portador no valor de R$ 1,5 milhão.
Cordeiro é acusado de comandar uma rede de empresas que fraudavam licitações no Amazonas. A operação da Polícia Federal foi denominada de Albatroz, numa alusão ao avião do deputado Cordeiro, com o qual ele viajava regularmente ao Paraná para lavar dinheiro. A mulher do deputado, Ednéia Ribeiro Cordeiro, que era titular de várias empresas utilizadas em fraude em licitações, foi presa às 6h da manhã. Os corretores de câmbio Mário Ricardo Farias e Lúcio Flávio Moraes de Oliveira, o empreiteiro Jorge Luís Roldão (da empresa Cristal, sócio do Cordeiro), além dos ex-secretários estaduais Alfredo Paz e Laerte Maués, estão presos na sede da PF no bairro Dom Pedro, na zona oeste de Manaus.
Alfredo Paz é uma das pessoas acusadas de envolvimento com remessa ilegal de dinheiro ao exterior. Ele foi secretário de Fazenda nos dois últimos governos de Amazonino Mendes e ocupou o mesmo cargo no governo atual até setembro do ano passado, quando seu nome foi citado pela CPI do Banestado.
Os presos são: Homero Mendonça (prefeito de Presidente Figueiredo), Cristie Jéferson Moura dos Anjos, João Gomes Vilela (presidente Comissão Geral de Licitação), Johnes Namias da Silva, Lúcio Flávio Moraes de Oliveira, Sônia Maria Moraes de Oliveira, Edinéia Alencar Cordeiro, Ezaltino José Barbosa, José Marinho, Elionay de Oliveira Soares, Maria Isabel Martins Gomes (mulher do Vilela), Jorge Roldão, Moacir Coutinho dos Santos, Alfredo Paz dos Santos, Edckson de Alencar Ribeiro, Laerte Carlos Maués, Pedro Dutra Prestes (dono de uma empresa que fornece aparelhos hospitalares ao governo), Odioneth de Souza Mendonça Freire, José Farias Freire e Mário Ricardo Farias Gomes (Dono da Corretora Rio Claro).