Polícia Federal prende 17 em operação contra clonagem de cartões

Uma operação realizada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (28) resultou na prisão de 17 pessoas acusadas de fazer parte de uma quadrilha internacional de clonagem de cartões de crédito e de débito. O grupo é acusado de efetuar saques em vários países, como China, Rússia, Panamá e Argentina. De acordo com a PF, a investigação foi feita no Paraná, em Santa Catarina e em São Paulo. Nos três Estados, além das prisões, foram cumpridos também mais de vinte mandados de busca e apreendidos milhares de cartões para clonagem, dezenas de máquinas adulteradas e R$ 300 mil em dinheiro.

A organização teria financiado por mais de oito meses o desenvolvimento por engenheiros de uma placa eletrônica para captura de dados de cartões magnéticos (número e senha) através de máquinas comumente usadas em estabelecimentos comerciais para receberem pagamentos via cartão de crédito ou débito automático. Ainda segundo a PF, os equipamentos adulterados foram colocados em substituição aos originais em estabelecimentos comerciais, geralmente com a conivência de funcionários que recebiam entre R$ 1 mil e R$ 4 mil por cada máquina instalada, sendo posteriormente retirados os dados, que eram repassados novamente aos técnicos para a gravação em cartões clonados. O sistema desenvolvido era capaz de copiar até mesmo dados dos novos cartões possuidores de micro-chip de segurança.

Os criminosos planejavam faturar aproximadamente R$ 1 milhão por mês com o golpe, por meio da colocação de mais de uma centena de máquinas adulteradas no comércio. A organização chegou a implantar algumas máquinas em cidades de Santa Catarina, Paraná e São Paulo e pretendia iniciar a colocação de máquinas no Rio de Janeiro antes dos jogos pan-americanos e em outras cidades da América do Sul. Os integrantes da quadrilha chegaram a realizar viagens ao exterior para estabelecer contatos com máfias locais, sendo efetuados alguns saques de contas brasileiras na China, Panamá e outros países.

No Brasil, os criminosos chegaram até mesmo a "terceirizar" seus crimes, revendendo ou repassando cartões clonados para pessoas que pagavam percentual à organização sobre o valor das compras e retiradas efetuadas. Os suspeitos serão investigados por formação de quadrilha, uso de documento falso, furto qualificado lavagem de dinheiro e outros crimes.

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