A Polícia Federal pediu à Justiça a decretação da prisão preventiva de 11 acusados de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis, mas recuou diante de duas pessoas muito próximas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – seu irmão mais velho, Genival Inácio da Silva, o Vavá, e o empresário Dario Morelli Filho, compadre do presidente e suspeito de integrar a organização.
A PF pediu a prisão em regime preventivo de Nilton Servo, apontado como o líder do grupo. Servo está preso há 10 dias. Dos outros 11 que a polícia quer manter na cadeia, 9 já estão detidos e 2 estão foragidos. O regime de prisão preventiva é mais severo do que o temporário, porque o suspeito fica detido até o julgamento do processo – a menos que consiga um habeas-corpus em algum tribunal superior.
O pedido de prisão, subscrito pelo delegado Alexandre Custódio, que preside os inquéritos da Operação Xeque-Mate, foi protocolado à tarde na 5ª Vara Criminal da Justiça Federal de Campo Grande. Hoje, o juiz Dalton Conrado deve decidir sobre o requerimento. Ele também deve entregar hoje à Justiça um relatório sobre as investigações, apontando a participação de cada um dos 80 suspeitos, inclusive de Vavá. A PF informou que entre os 11, além de Servo, estariam os empresários do jogo Ari Silas Portugal e Hércules Mandetta.