Brasília – Terminou sem acordo a reunião entre o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, e representantes da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF). Os delegados anunciaram que a partir de hoje realizarão uma paralisação de 72 horas.

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Foi a terceira tentativa de acordo em torno do reajuste salarial desde fevereiro, quando os policiais federais iniciaram o estado de greve. ?O encontro foi absolutamente insatisfatório. Eles apresentaram uma proposta que sequer consideramos, porque falta seriedade por parte do governo nessa negociação?, disse o presidente da ADPF, Sandro Torres Avelar. Segundo o sindicalista, o governo apresentou a mesma proposta que já havia levado às reuniões anteriores.

Segundo Torres, o governo quer repassar o reajuste de 30%, acertado ainda em 2006, em duas parcelas em março de 2008 e em março de 2009, sem retroagir. ?Podemos até considerar que o governo não tenha condições de retroagir a 2006, mas deveria retroagir a pelo menos a partir de janeiro de 2007.?

O sindicalista considerou a reunião de ontem ?desrespeitosa? e disse que a paralisação poderá desembocar em greve. ?Estamos em estado de greve desde fevereiro. Apesar disso continuamos trabalhando, fizemos algumas paralisações apenas para alertar. Mas estamos sendo empurrados (pelo governo) para uma greve por tempo indeterminado?, alertou.

No Paraná

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Em uma reunião que acontece hoje cedo, em Curitiba, os policiais federais lotados no Paraná decidem se aderem à paralisação de três dias deflagrada em Brasília. Como no resto do País, eles não estão dispostos a aceitar o parcelamento do reajuste na forma proposta pelo governo. ?Nós até podemos aceitar o reajuste, mas queremos que tenha pelo menos uma parcela ainda neste ano?, afirmou o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Paraná, Sílvio Jardim. Em todo o Estado há cerca de 700 policiais federais. (colaborou Mara Andrich)