A Polícia Federal (PF) realiza nesta sexta-feira (13) a Operação Higia, que pretende desmontar uma quadrilha especializada em fraudar licitações e que atuaria no Rio Grande do Norte e na Paraíba. Ao todo, são 13 mandados de prisão e 42 de busca e apreensão. Desde 2005, quando começaram as investigações, o grupo teria recebido ilicitamente cerca de R$ 36 milhões.
Os envolvidos no esquema, que são servidores públicos, podem responder por corrupção de agentes públicos e tráfico de influência, uma vez que teriam sido beneficiados nas fraudes durante os processos licitatórios e pelos termos aditivos a contratos. A licitação fraudulenta resultou na contratação de serviços de saúde (higienização hospitalar).
Eles poderão responder, ainda, pelos crimes de falsidade ideológica, peculato, prevaricação, fraude licitação, dispensa indevida de licitação, patrocínio de interesse privado e prorrogação contratual indevida. De acordo com a PF, as penas podem variar de três meses a 65 anos de prisão.
A Polícia Federal se inspirou na mitologia grega para escolher o nome da operação. Higia era a deusa da saúde e da limpeza. A palavra higiene deriva de hygia (saúde).