Polícia Federal faz busca na casa do irmão do presidente Lula

A Operação Xeque-Mate da Polícia Federal bateu à porta da residência do irmão mais velho do presidente Lula, Genival Inácio da Silva, às 6h desta segunda-feira (4), em São Bernardo do Campo (SP). Os agentes pegaram os parentes do presidente de surpresa, mas segundo a própria família, não houve arbitrariedade. "Eles não acharam nada, graças a Deus, e foram embora", disse ao Estado Maria da Silva, mulher de Vavá.

Os familiares de Vavá disseram que vão acionar amanhã advogados para entender do que ele é acusado, pois até agora, alegam, "ninguém entendeu nada". "Não sabemos sequer a razão da busca ou o que procuravam", disse Edson Inácio, filho mais velho. Os agentes vasculharam computadores, inclusive o de uma filha de Vavá.

A PF alegou que a investigação corre em segredo de Justiça, por ordem da Justiça Federal do Mato Grosso do Sul e nada pode informar sobre as suspeitas que pesam sobre o irmão do presidente, ou sobre o tipo de busca realizada na casa dele. Fontes extra-oficiais disseram que teria sido apreendido o HD (memória) de um computador da residência de Vavá. As buscas foram realizadas por quatro agentes. "Eles se identificaram e agiram com muita educação", disse Maria da Silva.

Balanço

Segundo balanço divulgado pela PF, foram presas 77 pessoas e cumpridos 50 mandados de busca em São Paulo e mais cinco Estados (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia e Minas Gerais). Entre os presos estão policiais civis e militares, acusados de receber propinas para facilitar as atividades da quadrilha. O ex-deputado estadual Roberto Razuk, do Mato Grosso do Sul, é um dos presos. Cerca de 600 agentes foram mobilizados na operação.

A operação resulta de dois inquéritos policiais comandados pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Fazendários da Superintendência Regional da PF no Mato Grosso do Sul. Segundo a PF, durante as investigações foram constatados "alvos" comuns nos dois inquéritos.

Esta não é a primeira vez que Vavá aparece no noticiário político-policial. Em outubro de 2005, ele foi acusado de comandar um escritório montado para fazer lobby em favor de empresários paulistas interessados em negociar com o governo. Na ocasião, Vavá foi repreendido por Lula e forçado a desativar o escritório, mesmo contrariado. Ele negou que estivesse praticando ilegalidades.

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