Apesar das longas filas para pedidos de passaporte na sede da Polícia Federal em São Paulo, na Lapa, zona oeste, desde segunda-feira sobram senhas no fim do expediente, garantiu ontem a PF. A superintendência informou que pode atender 600 pessoas por dia, mas a demanda de segunda-feira até ontem foi de cerca de 500 documentos diários.
Apesar disso, na sexta-feira, por exemplo, as 600 senhas disponíveis foram distribuídas e várias pessoas não foram atendidas. ?Foi um dia atípico?, disse o delegado Humberto Prisco Neto, assessor de Imprensa da PF em São Paulo. ?Mas não é preciso chegar de madrugada. Quem vier às 7h30 consegue senha e é atendido?, garantiu.
A PF prometeu ontem aumentar para sete o número de postos de atendimento que serão criados no Estado em julho e agosto. Além das já anunciadas unidades-postos em Congonhas e nos shoppings Tatuapé, Alphaville e Internacional de Guarulhos, serão instalados terminais nas delegacias da PF de Campinas, Sorocaba e Santos. ?Por isso recomendamos que só procure a PF quem tem viagem programada. Depois das férias a demanda vai se diluir.
Em Brasília a greve dos servidores da PF, iniciada na terça-feira, afetou diretamente o serviço de passaporte. Doze servidores do atendimento cruzaram os braços e só um policial trabalhou no setor, que emite 200 passaportes por dia. Segundo o sindicato da categoria, 90% dos 3,4 mil servidores que pararam anteontem, só retomam as atividades amanhã. Eles reivindicam a reestruturação da carreira.