A Polícia Federal informou nesta quarta-feira (20) que os dados sigilosos da Petrobras furtadas no final de janeiro foram coletadas nos trabalhos da sonda de perfuração NS-21, conhecida também como Ocean Clipper, responsável pela descoberta gigante do campo de Júpiter, anunciada no mês passado. A área representa uma extensa reserva de gás natural na região da Bacia de Santos.

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A sonda pertence à companhia americana Diamond, representada no Brasil pela filial Brasdrill, e trata-se de uma das duas únicas unidades contratadas pela Petrobras com capacidade para perfurar poços abaixo da camada de sal, em uma área muito profunda, abaixo do leito marinho. A descoberta de Júpiter foi comemorada pela estatal como a confirmação de que o risco exploratório da região é extremamente baixo.

Segundo as testemunhas, os equipamentos da consultoria Halliburton deixaram a plataforma no dia 18 do mês passado, mesmo dia em que a sonda interrompeu as atividades no bloco BM-S-24, e chegaram ao Rio no dia 25, onde ficaram armazenados no terminal Poliportos, na zona portuária.

No dia 29 de janeiro, os equipamentos seguiram rumo a Macaé (RJ) em um caminhão da transportadora Transmagno, que é monitorado por rastreador. O motorista passou a noite no posto Mucelin, em Itaboraí, na região metropolitana do Rio, seguindo determinação da transportadora de não viajar após às 22 horas.

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A polícia sabe que não houve desvio no trajeto do caminhão e que o posto tem segurança particular para proteger os caminhões que passam a noite em suas instalações.