A Polícia Federal cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão de envolvidos em captação de mercadorias irregulares em aeroportos. Um dos detidos, cujo nome não foi revelado, pertence a Receita Federal, órgão que ajudou nas investigações do que a polícia chamou de Operação Minotauro. As prisões foram realizadas em São Paulo, Guarulhos e Bebedouros no interior paulista, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
A ação é resultante de uma investigação realizada há mais de três meses, que descobriu o esquema do fiscal da Receita Federal que deveria fiscalizar a empresa exploradora de lojas francas em aeroportos brasileiros, mas recebia de graça mercadorias importadas sem impostos e as comercializava.
Suspeita-se que as mercadorias eram dadas ao fiscal em troca concessões à empresa na fiscalização. Além do auditor, foram presos sua ex-mulher, que se incumbia de revender as mercadorias retiradas do aeroporto no interior de São Paulo, funcionários responsáveis pelo depósito da loja em Guarulhos e um diretor da empresa.
Os presos responderão por crimes de facilitação de contrabando ou descaminho, corrupção ativa, corrupção passiva e formação de quadrilha, além de outros que forem comprovados até o fim das investigações.