Polícia e bandidos travam guerra no Rio

Rio – Um homem morreu e pelo menos 12 pessoas ficaram feridas a bala ou por estilhaços de artefatos de guerra empregados por policiais e traficantes, ontem, no quinto dia de ocupação da Polícia Militar no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio. A maior parte dos feridos é de moradores da Vila Cruzeiro e do vizinho Morro da Chatuba, onde o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM continuou o trabalho de remoção de obstáculos criados pelos traficantes para impedir o acesso da polícia às comunidades.

Com o apoio de policiais militares do Batalhão de Olaria (16.º BPM), carro blindado do Bope, ?o caveirão?, dava apoio à máquina retroescavadeira que retirava trilhos de aço plantados no asfalto por bandidos, junto com latões recheados de concreto. Quando os traficantes locais atiravam, os PMs eram obrigados a recuar e recomeçar momentos depois.

Provocação

Os bandidos usavam o rádio amador para provocar os policiais e chegaram a ameaçar o operador da máquina. ?Draga não é blindada, heim…?, desafiava um deles. Visivelmente apreensivo, o operador foi protegido com colete à prova de balas da PM e usou capuz preto para não ser identificado.

Desde a semana passada, policiais procuram os responsáveis pela morte de dois PMs na Vila Cruzeiro. Segundo o comandante do Bope, coronel Pinheiro Neto, a polícia recebeu informações de que bandidos feridos nos confrontos dos dias anteriores estavam escondidos em casas da Chatuba.

Ninguém foi preso ontem, mas a polícia apreendeu drogas na Chatuba. O 16.º BPM apreendeu 180 quilos de maconha. O Bope recolheu 5,5 quilos de pasta de cocaína, 1,3 quilo de maconha, 200 papelotes de cocaína e sete pedras de crack.

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