Polícia do Rio procura responsáveis por tiroteiro

Depois da forte troca de tiros que ocorreu entre policiais e traficantes no Morro do Macaco, zona Norte do Rio de Janeiro, o comandante geral da Polícia Militar do Estado, coronel Mário Sérgio Duarte, disse que a polícia vai iniciar a busca pelos traficantes envolvidos no tiroteio que deixou dois policiais militares mortos.

Segundo o coronel, quatro comandos de policiais estão montados na região para evitar o deslocamento dos traficantes. “Não vamos descansar enquanto isso não acontecer. A população espera uma resposta da PM”, disse o coronel.

“Não vamos nos desviar. O trabalho forte de inteligência e os homens da Polícia Civil vão ajudar”, acrescentou o secretário da Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrane. “Nós sabemos quem foi, como foi, e haverá uma resposta na mesma medida, defendeu o chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Alan Turnowisk, que também participa da entrevista coletiva.

Turnowisk acrescentou que a ação dos traficantes foi “ousada” e “que nenhuma ação no Rio de Janeiro ficou sem resposta”. Segundo ele, a polícia não vai ficar sem dar uma resposta “no momento certo”.

O comandante da PM informou que o controle da região está sendo realizado pela Polícia Militar, que trabalha com um efetivo de 3 mil a 4 mil homens a mais. “Vamos nos manter no terreno para manter o controle do local. Folgas foram canceladas e todos os policiais estão sendo utilizados”, disse o coronel Duarte. A Polícia Civil também participa da operação com 500 policiais.

Helicóptero abatido

O comandante da PM disse ainda não saber qual foi a arma utilizada para atingir a aeronave. “Sabemos que os traficantes possuem armamento de longo alcance, mas é prematuro afirmar qual tipo foi utilizado para atingir o helicóptero”, disse o comandante.

O aparelho, que tinha apenas o fundo blindado, dava apoio a uma operação com 120 homens da PM para acabar com o confronto entre traficantes na disputa por pontos de vendas de drogas na favela. Atingido por disparos dos bandidos, o helicóptero Fênix pegou fogo logo após pousar num campo de futebol.

Dois dos seis tripulantes morreram carbonizados e os outros policiais foram resgatados com queimaduras. Outros dois policiais e dois moradores foram feridos em terra. Três policiais que sobreviveram à queda, pularam do aparelho antes de ele tocar o chão. Segundo o major Oderlei Alves, relações públicas da PM, dois deles, além de queimaduras, foram baleados no ar. O quarto ferido é o único internado em “estado gravíssimo”, com queimaduras severas em todo o corpo e vias respiratórias.

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